Em novembro, o Grupo de Trabalho de Diversidade e Inclusão realizou reuniões, na quais foram debatidos temas como os desafios enfrentados pelas mulheres – o equilíbrio entre as exigências do mercado de trabalho e a maternidade, por exemplo -, e o acolhimento de imigrantes. Confira a seguir os principais pontos das reuniões:
Boas práticas para inclusão – No dia 9 de novembro, o encontro virtual teve como foco a elaboração de um manual de boas práticas em relgov que leve em conta os aspectos de inclusão de igualdade racial, gênero, orientação sexual, pessoas com deficiência, idosos e refugiados. A conclusão foi por um manual prático, com pouco teor acadêmico e baseado em normativas legais, mas que seja adequado à realidade das empresas. Será preciso uma abordagem híbrida, combinando aspectos educacionais e normativos.
Vida pessoal e maternidade – A reunião do dia 16 abordou os desafios enfrentados por mulheres na área de relações governamentais, equilibrando carreira, vida pessoal e maternidade. Foi ressaltada a necessidade de políticas corporativas que reconheçam e apoiem a maternidade e a paternidade e a importância de cuidar do emocional e do psicológico das profissionais. Outro tópico importante foi a visibilidade da maternidade no ambiente de trabalho e a importância de políticas corporativas inclusivas, já que é responsabilidade das empresas criar um ambiente de trabalho que valorize a parentalidade e reconheça as contribuições únicas dos pais e mães, o que exige mudanças culturais que promovam maior equidade.
Direitos trabalhistas – No dia 24, os participantes debateram diversos tópicos relacionados a práticas empresariais na área de direitos trabalhistas, com ênfase na necessidade de ir além do mínimo legalmente exigido, especialmente em relação à maternidade e às mães atípicas, como mães de gêmeos ou de crianças com deficiência. Foi ressaltada a necessidade de compreender e apoiar essas situações únicas, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo e empático.
Também foi tratada a inclusão racial no ambiente de trabalho, com foco na importância do respeito e compreensão das diferenças culturais e sociais, como a questão do cabelo crespo, um significativo aspecto de identidade racial que frequentemente enfrenta discriminação. Outro tema foi a questão dos refugiados e imigrantes no ambiente de trabalho, destacando a xenofobia e os desafios enfrentados por esses grupos e a necessidade de desmistificar estereótipos e preconceitos.
Mercado de trabalho e justiça racial – A reunião do dia 30 retomou a importante questão da equidade racial, com foco na experiência de profissionais negros no mercado de relações governamentais. Durante o encontro, foram discutidas as microagressões comuns no ambiente profissional, como comentários sobre cabelo e aparência, e a necessidade de um maior reconhecimento e valorização dos profissionais negros.
Foi debatido também o papel do Coletivo Pretas e Pretos em promover a empregabilidade e o desenvolvimento profissional de negros no mercado de relações governamentais e a necessidade de líderes e empresas serem proativos na promoção da diversidade e na luta contra o racismo estrutural.