Grupos movimentados no aplicativo de troca de mensagens, caixas de e-mails repletas, podcasts, notícias, minutas, pautas, diário oficial. O celular que desperta é o mesmo que traz notícias. Um expresso ajuda a pensar nos projetos que estão na ordem do dia. Será que será aprovado hoje? Qual o tema das comissões? Essas são preocupações diárias de um profissional de relgov, mas quem são as pessoas por trás dos profissionais? Por que optaram e como ingressaram na carreira? Quais suas motivações e rotina?
“O que me interessa nessa área é a interdisciplinaridade das questões e a dinâmica dos processos”, revela Caroline Frassão, sócia e diretora de Relações Institucionais e Governamentais na consultoria estratégica Ryto Public affairs. “Minha carreira na área começou por acaso: participei de um processo seletivo genérico na Rhodia (atual Solvay, empresa de grande porte do setor químico), e o RH, em conjunto com a gerente da área de RelGov, identificou habilidades em mim que fariam sentido na área de relações governamentais. Isso me permite caminhar por entre temas complexos e amarrá-los de maneira estratégica”, afirma.
Outra que começou por acaso na área foi Fernanda Arbex, sócia proprietária da FPArbex Consultoria. Até 2003 atuava como advogada tributarista e na área de defesa concorrencial e nem pensava em trabalhar em uma empresa de consultoria em relações governamentais. Foi quando aceitou o convite para se tornar sócia na Patri Políticas Públicas e traduzir para os clientes as discussões técnicas da Reforma Tributária que estava em discussão à época. “Mergulhei de cabeça sem saber ao certo o que aconteceria. Hoje, quase 20 anos depois e agora em meu próprio escritório, o que me motiva é a efetiva participação na formulação das políticas públicas. As análises jurídicas, administrativas e do processo decisório continuam a fazer parte do meu dia a dia”.
Mariana Castro, sócia-diretora da Vector Relações Governamentais, destaca a oportunidade que a carreira proporciona de lidar com diversos temas de forma transversal, desde a política pública em si até a gestão de um negócio. “Brinco sempre que os internacionalistas são especialistas em generalidades e é assim que me vejo. Me fascina a arte de improvisar e resolver problemas que muitas vezes nem sabemos que existem, utilizando ferramentas de solução de conflitos, ciência política, economia e análise de risco, entre outros”.
Para o engenheiro agrônomo com especializações em direito ambiental, economia e relações governamentais Gustavo Carneiro, que trabalha no Instituto Pensar Agropecuária, o mais gratificante é poder contribuir com o aperfeiçoamento do arcabouço legal brasileiro na área agro. “Comecei como técnico da Frente Parlamentar Agropecuária e tomei gosto pela profissão. Além disso, venho de família com tradição política, então sempre gostei do tema”.
A possibilidade de construir caminhos a partir do diálogo foi o que levou Mariana Orsini para a área. A hoje diretora de Relações Governamentais da Dow Brasil conta que sempre admirou a diplomacia e a atividade de relações internacionais lhe deu a oportunidade de pensar esse universo.
“No início da minha carreira trabalhei na Prefeitura de São Paulo e no Governo do Estado de São Paulo e isso me mostrou que a construção de diálogos entre público e privado era um grande motor do desenvolvimento. Na Dow tenho a oportunidade de trabalhar com temas que são muito importantes para nossa sociedade, como economia circular, mudanças climáticas, agenda ESG e liderança setorial.
Hoje, me motiva reconhecer que o diálogo é o melhor caminho para crescermos – como profissionais e como sociedade. E me sinto muito privilegiada pela posição que nossa profissão pode jogar”.
Para executar da melhor forma possível as exigentes atividades da profissão de relações governamentais, é preciso estar municiado da maior quantidade possível de informações de qualidade para que sirvam de base para a tomada de decisões. Se até há alguns anos as informações circulavam no que é chamado de mídia tradicional – jornais impressos, TV e rádio – as duas últimas décadas viram a explosão de sites noticiosos e, mais recentemente, de mídias sociais. Isso trouxe as vantagens da velocidade quase instantânea de propagação de notícias, mas também os riscos de informações mal apuradas ou até mesmo intencionalmente falsas.
O cuidado com a qualidade das informações está sempre presente quando a sócia-diretora da Vector Relações Governamentais, Mariana Castro, entra em contato com notícias. Segundo ela, a informação vem de todos os lados e é preciso, a todo momento, filtrar o que é relevante para as análises e conjecturas.
“Faço uma leitura rápida das principais manchetes dos jornais impressos nas suas versões online, checo os informes produzidos pela consultoria das publicações dos Diários Oficiais e as agendas das principais autoridades e pautas. Durante o dia, o acompanhamento pelos grupos de Whatsapp é intenso, pois estou presente em diversos fóruns onde circulam muitas informações. No carro, sempre oscilo entre CBN e a rádio Câmara. Em casa, deixo a TV na CNN, mesmo que em silêncio, para ir acompanhando as chamadas. Além de, quando vou fazer compras ou estou em casa, tento colocar em algum podcast do qual possa aproveitar o conteúdo”.
Podcasts também estão entre as mídias preferidas de Marina Orsini, diretora da Dow Brasil. “São uma opção muito atraente de notícias e análises e alguns que ouço regularmente”, diz ela, que também lê os principais jornais e newsletters de temas específicos, como sustentabilidade, economia circular e mudanças climáticas. “Também ouço rádio e assisto a telejornais para ter uma visão dos temas que entraram na pauta – mas tento fazer de forma equilibrada, para também não ter excesso de estímulo”, revela.
As mídias digitais também são a escolha de Caroline Frassão, que precisa estar a par de tudo o que acontece nos três locais onde atua. “Costumo me informar mais por mídias digitais, na primeira hora do dia, quando faço um giro nos principais jornais como
Valor Econômico, Estadão e Folha de São Paulo, no Brasil; na França, Le Figaro, Le Monde, Les Echos e em Luxemburgo, onde moro, RTL e Luxemburger Wort”.
Já Gustavo Carneiro acompanha sempre as mídias sociais de parlamentares e autoridades. Mas TV câmara e a TV Senado são grandes aliadas nesse esforço para estar sempre bem-informado. “Acompanho também as mídias tradicionais, especialmente as colunas voltadas para política”. Outra profissional com foco na política é Yara Haquim, coordenadora Institucional do deputado federal Paulo Ganime, que diz que usa todos os canais possíveis. “Inclusive a “rádio corredor”, que costuma trazer informações antes que se tornem notícia ou ajudam a sentir o termômetro de cada assunto antes que entre em pauta”.
A irrupção da Covid-19 transformou a realidade de muitas profissões com a implantação do home office, viabilizada por redes de internet domésticas com boa velocidade e aplicativos de reuniões online. No entanto, com o arrefecimento da pandemia e o fim das restrições, a pergunta se impõe: o home office veio para ficar?
Simone Mayara, sócia na Think Brasil Diplomacia Corporativa, atualmente trabalha full time em home office. Segundo ela, a maior vantagem desse modelo é a organização do dia de forma a conciliar as muitas tarefas cotidianas a outras atividades ligadas à saúde e ao lazer. “No entanto, é preciso separar muito bem o ambiente caseiro do espaço de trabalho”.
No caso de Caroline Frassão, somente o home office proporciona condições para que ela atue em três países – Brasil, França e Luxemburgo – simultaneamente. “É possível criar estratégias e realizar diversas reuniões por vídeo nesse contexto, mas a atividade ainda pede um “olho no olho” periódico. Acredito que o ser humano ainda precisa desse contato presencial para criar empatia e ser lembrado. Nesse sentido, me organizo para realizar atividades presenciais
regularmente”.
Talvez por isso um dos modelos mais usados seja o híbrido. “Gosto do home office por ter mais liberdade de horário”, diz Lorrayne Rosa, gerente de Assuntos Institucionais da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers). “Mas acho importante pelo menos uma vez na semana estar no escritório para resolver demandas mais administrativas. Por isso meu modelo de trabalho é o híbrido”. Essa também é a opção de Mariana Castro, sócia-diretora da Vector Relações Governamentais, que acredita que o sistema permite aproveitar o melhor do home office, como a otimização do tempo entre trabalho e família, e ainda assim ter momentos presenciais com o time no escritório e nas reuniões com o Poder Público.
Fernanda Arbex concorda: “As vantagens do regime híbrido são a maleabilidade para trabalhar de onde estiver, o que me possibilitou ser e estar mais presente nas rotinas diárias dos meus filhos, e as desvantagens são um pouco de perda de velocidade de comunicação com a equipe e de resposta aos clientes. Trabalho presencialmente todos os dias pela manhã e três tardes de forma remota”.
Mariana Orsini, da Dow Brasil, acredita que o regime híbrido seja o ideal para a profissão, pois é preciso estar em movimento para se conectar com as políticas públicas e eventualmente estar no escritório, manter o contato com os negócios e a estratégia da empresa. Há momentos em que precisamos estudar legislações, acompanhar os movimentos da política e produzir conhecimento, e estar em casa nos ajuda a concentrar. O desafio da nossa área é conseguir equilibrar momentos de interação com momentos de concentração e produção e, por isso, acredito que a flexibilidade entre políticas de trabalho presencial ou home office são grandes avanços”, afirma.
Mas há quem não concorde. Gustavo Carneiro, por exemplo, é taxativo: o trabalho é sempre presencial. O convencimento é mais efetivo “olho no olho”. Na minha posição atualmente, que demanda técnica e persuasão, não vejo grandes vantagens no trabalho em casa. No entanto, para um trabalho de monitoramento, acredito que seja mais produtivo e confortável o trabalho em home office”.
Para dar conta de uma rotina atribulada, com reuniões em locais distintos, é preciso se deslocar com segurança e rapidez. No entanto, é preciso considerar as pressões cada vez maiores da sociedade pelo uso de veículos não poluentes e transporte coletivo. Fernanda Arbex e Mariana Castro são adeptas do carro particular. Essa também é a escolha de Lorrayne Rosa, da Abrasce, mas ela busca reduzir suas emissões de carbono e usa o veículo de forma consciente, planejando seus deslocamentos e fazendo um trajeto único com diversas paradas. Gustavo Carneiro também opta pelo carro particular, mas é fã de carros flex. “Principalmente se forem movidos a etanol — uma combinação perfeita e que prestigia um produto de grande potencial no Brasil”. Mariana Orsini, que trabalha em casa, usa metrô ou simplesmente caminha. Já as escolhas de Caroline Frassão são bem diversificadas.
“Em Luxemburgo, costumo me deslocar mais de transporte público e bicicleta elétrica. Em Paris, transporte público. No Brasil, transporte público e táxi/aplicativos”, explica.
O exigente trabalho de relgov, que demanda atenção contínua e que, muitas vezes, não perdoa erros é rigoroso com os profissionais. O desafio é evitar tornar-se workaholic. Mariana Castro, da Vector Relações Governamentais, aceita o rótulo. “Posso ser considerada uma workaholic porque qualquer projeto que eu pegue vou até o fim, sem medir a quantidade de horas dedicadas. Funciono bem com sprints.” O mesmo vale para a coordenadora Institucional do deputado federal Paulo Ganime, Yara Haquim, que busca o equilíbrio, mas nem sempre consegue. “Em política, o trabalho está em toda parte e a relação workaholic acaba vencendo”, admite. Há quem tenha conseguido se livrar do “vício”. “Já fui workaholic e entendo que essa é uma tendência que sempre devo resguardar.”, diz a sócia na Think Brasil Diplomacia Corporativa, Simone Mayara.
Fernanda Arbex, sócia proprietária da FPArbex Consultoria, admite que antes de se casar e ter filhos era o exemplo do conceito workaholic. “Chegava no escritório
às 8h, não tinha hora para sair, me dedicava exclusivamente ao trabalho. Hoje, o trabalho continua a ser um dos meus pilares de vida, mas não é mais o único e nem o principal”. O equilíbrio também foi alcançado por Mariana Orsini, da Dow Brasil. “Tenho uma relação muito saudável com o trabalho atualmente. Hoje consigo equilibrar a agenda entre construir conexões e avançar projetos prioritários – e ajuda muito estar em uma empresa que tem claras suas prioridades de políticas públicas em nível global.
Penso que, em uma empresa em que o valor da área de Relações Institucionais é reconhecido, é possível estruturar uma visão e contar com consultorias que nos ajudam a navegar os temas de foco.”
Para relaxar, às vezes ter um hobby é uma boa alternativa. Gustavo Carneiro veleja. “É bom para desestressar, apesar de o vento em Brasília não ser dos melhores”, lamenta. Exercício também é a escolha de Mariana Castro. “A prática de exercícios de alta intensidade é o meu hobby. É onde consigo esvaziar minha cabeça para pensar somente em qual movimento preciso fazer, concentrar na respiração, em qual sequência preciso realizar, quais músculos ativar e em qual ritmo. Me faz muito bem”.
Já Yara Haquim dança. “É a minha meditação, para deixar os dias mais leves em um ambiente algumas vezes conturbado.”
No caso de Caroline Frassão, o interesse ficou sério. “Adoro vinhos. Aprofundei essa paixão com estudos sobre o assunto e hoje sou formada Sommelière Profissional pela ABS-SP (Associação Brasileira de Sommeliers), embora não pratique a profissão. Outro hobby é viajar, que muitas vezes junto com a paixão por vinhos, visitando vinícolas pelo mundo.”
Para aguentar toda essa carga de trabalho, é preciso ter saúde de atleta e muita disposição. Boa alimentação e prática regular de esportes ajudam a aguentar o ritmo. Essa é a dobradinha adotada por Lorrayne Rosa e Simone Mayara, adeptas de alimentação saudável e crossfit para a primeira e corrida e caminhada para a segunda. Caroline
Frassão segue a mesma receita. “Costumo me alimentar de comidas o mais in natura possível. Como de tudo, sem restrições, mas fujo de industrializados. Frequento academia, pratico yoga e escalada”, revela.
Já Mariana Orsini, diretora de Relações Governamentais da Dow Brasil, aproveita as habilidades culinárias do marido. “Ele cozinha muito bem, e temos sempre uma boa variedade de ingredientes. Isso também quer dizer que quando comemos algum junk food, é com menos culpa!”, admite. Para Gustavo Carneiro, a alimentação depende da rotina. “Quando estou mais estressado e atolado de trabalho acabo comendo mal, mas a princípio tento manter uma alimentação equilibrada”, diz ele, que compensa os excessos com sessões de exercícios em academia e corrida. Mariana Castro vai além: além de crossfit e musculação, ela faz levantamento de peso olímpico. “Está entre as minhas favoritas.”
E o psicológico, as relações humanas? Os profissionais do setor são unânimes em apontar a família como a base que alimenta seu equilíbrio emocional e fornece energia para enfrentarem o cotidiano. “O casamento e meus dois filhos são os pilares da minha vida e meu combustível para minha atuação profissional. O meu trabalho é importante e eu o executo com a mesma paixão de antes, entretanto, a coluna central da minha vida é minha família”, conta Fernanda Arbex,
sócia proprietária da FPArbex Consultoria. Ter filhos parece alterar a forma com a qual os profissionais encaram os desafios cotidianos e a forma de interagir com o trabalho. “A paternidade me mudou muito, principalmente em relação a empatia. Com certeza a minha relação com as pessoas e com o mundo mudou depois disso, para melhor. Agora consigo me colocar mais facilmente no lugar dos outros”, diz Gustavo Carneiro, do Instituto Pensar Agropecuária. A diretora de Relações Governamentais da Dow Brasil, Mariana Orsini, concorda com ele. “Sou casada e tenho duas filhas. Ter filhos me ajudou muito a aprender a priorizar, onde dedicar energia e como construir boas relações: com paciência e diálogo. Engraçado que minha carreira começou a deslanchar depois que tive minhas filhas – e, grávida da segunda, fui promovida na empresa. Sinto que elas foram grandes responsáveis por me ensinar a ter foco e colocar a energia nas coisas certas”.
A sócia-diretora da Vector Relações Governamentais também acredita que ter filhos mudou sua forma de ver o mundo. Segundo Mariana Castro, ela se tornou uma pessoa melhor depois que virou mãe de dois meninos – tanto que ainda pretende aumentar a família. “Foram muitas lições. Imaginava ser insubstituível e, quando saí de licença maternidade pela primeira vez, achava que ninguém conseguiria fazer o que eu fazia. Descobrir que sou substituível e que o mundo continuaria a girar apesar de mim me fez muito bem. É como se eu tivesse aterrissado e conseguisse, agora, enxergar as coisas de uma forma mais leve, mais colaborativa e mais empática”, revela.
Mesmo que não tem filhos considera a interação com a família essencial. Yara Haquim, coordenadora institucional do deputado federal Paulo Ganime, é solteira, mas acredita que os debates familiares ou entre amigos ajudam a prever as reações externas a pautas mais polêmicas do trabalho na política. “Lidamos com diferentes interpretações sobre um mesmo tema. É um excelente termômetro de cenário”, afirma.
E afinal, quem é o lobista brasileiro? A resposta rápida de “homem branco, na faixa dos 40 anos de idade e com trânsito fácil entre os políticos” parece não corresponder mais à realidade. Caroline Frassão, sócia da Ryto Public affairs, explica que a profissionalização cada vez maior da profissão aumentou a diversidade dos perfis. “O lobista se tornou uma figura (homem ou mulher) com alta qualificação, especialista em política, mas profundo conhecedor de diversos temas caros à competitividade das empresas (tributário, trabalhista, jurídico, etc), além de estratégia de gerenciamento de stakeholders”. Mariana Castro ressalta a capacidade de se comunicar para construir pontes, mas também a inteligência emocional para entender que política se faz no longo prazo. “É uma persona que transita entre o conhecimento técnico e o pragmático. A gente sabe que não é fácil, é muita pressão, e tem ciência do tamanho da responsabilidade que é fazer essa interlocução do público com o privado.”
Para Lorrayne Rosa, gerente de Assuntos Institucionais da Abrasce, o bom lobista é justamente aquele que busca o equilíbrio entre o setor público e o privado, que tenta a melhor negociação para os dois lados com bons argumentos. “O lobista brasileiro vem se profissionalizando. O setor, inclusive, tem se fortalecido, com o apoio de instituições como o IRELGOV, no sentido de mostrar o valor que esse profissional possui como interlocutor dentro de uma instituição”.
Fernanda Arbex destaca a força dos profissionais do setor. “Acredito sinceramente que o maior lobista brasileiro seja a união da atual geração, com jovens engajados pela defesa da atividade”.
Para Mariana Orsini, ao longo da carreira os atuais lobistas viveram tempos em que o Brasil foi um país de enorme potencial, com um presente promissor e, em seguida, uma série de desafios. “Buscamos nos atualizar a partir de modelos ao redor do mundo que promovam desenvolvimento para o país e para nossas empresas, entidades e organizações. Queremos fazer parte do progresso do Brasil e seguimos pelo diálogo, que deve ser transparente, isonômico e constante. Como diria Ariano Suassuna, o lobista brasileiro é um ‘realista esperançoso’”.
Nos passos dos associados
É com a leveza e o equilíbrio necessários aos passos de dança com os quais desfila no final de semana que a paulistana Patrícia Serral Coelho atende associados e cuida dos eventos do IRELGOV. Selecionada em maio deste ano para o cargo de coordenadora de negócios, a descendente de portugueses e espanhóis conta que vive uma rotina agitada, mas que adora o que faz. “Nosso associado merece o melhor e é isso que me dedico a oferecer”, diz.
Formada em Relações Internacionais na Universidade São Marcos, com pós-graduação em Relações Internacionais e Comércio Exterior pela Fundação Getúlio Vargas, Patrícia estagiava como assistente de secretária-executiva na Volkswagen, em São Bernardo do Campo, quando teve um diálogo com a então diretora de Relações Governamentais da empresa, Elizabeth de Carvalhaes. “Ela me perguntou por que eu não estava fazendo curso de secretariado executivo. Respondi que fazia relações internacionais, que era minha paixão. Então ela me levou para trabalhar com ela em relações governamentais”, comemora.
Após trabalhar na Toyota, na Renault e na Caterpillar, e dois períodos de estudos no Canadá, a corintiana foi chamada pelo IRELGOV desde maio deste ano. “Atuo em três esferas – atendimento ao associado, organização de eventos e suporte à diretoria de comunicação.” Poliglota – inglês, alemão e espanhol -, Patricia revela que a meta é se aproximar mais dos associados para conhecer melhor suas necessidades.