Por Hellen Abreu, líder do GT Transformação Digital nas Relações Governamentais do IRELGOV

A transformação digital redefine não apenas processos e ferramentas, mas a própria forma como governos, empresas e a sociedade interagem. No campo das Relações Governamentais, esse movimento inaugura uma nova era — marcada pela integração entre tecnologia, dados e inteligência humana — em que agilidade, transparência e capacidade analítica tornam-se pilares da atuação pública e privada.
O GT de Transformação Digital nas Relações Governamentais surgiu com o propósito de compreender e antecipar essas mudanças. Em um cenário onde algoritmos influenciam decisões, a inteligência artificial auxilia na formulação de políticas públicas e a gestão de dados orienta estratégias de advocacy, discutir o papel da tecnologia significa também debater o futuro da democracia e da participação social.
Ao longo dos encontros, exploramos como a transformação digital pode ser aliada da eficiência e da inovação no setor público, promovendo transparência, integração e melhoria nos serviços prestados à população. Debatemos o uso ético e responsável da inteligência artificial, o potencial dos dados para avaliação de políticas públicas e impacto regulatório, e as novas formas de mobilização e engajamento digital que fortalecem a interlocução entre instituições, governo e sociedade.
Essas discussões reforçaram que o profissional de Relações Governamentais está diante de uma oportunidade histórica: ser ponte entre a inovação tecnológica e a construção de políticas mais inclusivas, baseadas em evidências e centradas nas pessoas. Mais do que adotar ferramentas digitais, trata-se de desenvolver uma mentalidade orientada por dados, aberta à experimentação e comprometida com a ética no uso da tecnologia.
O futuro das Relações Governamentais é digital — mas profundamente humano. A transformação não está apenas nos sistemas ou algoritmos, e sim na forma como utilizamos o conhecimento para aproximar decisões públicas das necessidades reais da sociedade. Esse é o legado que o GT de Transformação Digital busca consolidar: promover uma atuação em Relações Governamentais pautada por propósito, inovação e responsabilidade no uso da tecnologia e na construção de políticas públicas.
A Inteligência Artificial como ferramenta para atuar em relações governamentais no mercado da América Latina. Esse foi o tema da primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Transformação Digital das Relações Governamentais do IRELGOV, liderada por Helen Ferreira (iFood) e com participação da diretora-executiva do instituto, Lara Gurgel.
A reunião contou com a presença de três especialistas: Amalha Casas, CEO Américas da Stakeholder Company; Frederico Oliveira, cofundador e CEO do SigaLei; e Rafael Caldas, cofundador e CEO do InteliGov. Estruturado em perguntas, seguidas por um debate aberto, o objetivo foi explorar como digitalização, dados e Inteligência Artificial (IA) estão remodelando a prática de relações governamentais.
Na primeira rodada de discussões, Malha Casas destacou que, embora o “boom” da IA generativa seja recente, sua empresa, a Stakeholder Company, já trabalha com a tecnologia há 14 anos.
Ela enfatizou a importância da IA para processar um volume massivo de informações e identificar tendências em uma região – a América Latina – marcada por fragmentação política e volatilidade. “Temos que admitir que, diante da quantidade de informações disponíveis atualmente, precisamos da ajuda de uma camada de inteligência adicional, disponibilizada pela IA“. Ela ressaltou que o Brasil lidera o uso de IA na região e que a tecnologia é crucial para monitorar temas transnacionais, como regulamentações de alimentos, que frequentemente se espalham por diferentes países.
Frederico Oliveira discutiu como as tecnologias ajudam a sistematizar a explosão de dados legislativos e administrativos. Por meio de uma analogia entre o momento atual e a revolução industrial, ele comparou o profissional de Relações Governamentais (RIG) a um artesão diante de uma máquina. Ele argumentou que a IA, especialmente os modelos de linguagem (LLMs), funciona como grandes buscadores mais avançados, mas alertou que há riscos. “A IA é totalmente incapaz de montar uma estratégia. Não pergunte para ela qual é a melhor linha de tramitação ao adotar em um projeto, pois vai dar errado. O humano é insubstituível por conhecer o mundo real, e a principal tarefa da tecnologia é ajudar a eliminar o ruído, organizar a informação e separar o que é lixo do que é sinal”.
O cofundador e CEO do InteliGov, Rafael Caldas, falou sobre os avanços observados na transformação digital da atuação de relgov. Segundo ele, se há dez anos o monitoramento automatizado era incipiente, hoje é uma exigência absoluta, até pela dificuldade contínua na captura de dados públicos devido à falta de padronização e transparência de alguns órgãos governamentais. Ele dividiu a atuação tecnológica em três pilares: captura, gestão e comunicação da informação. Um ponto crucial levantado por ele foi o papel da digitalização na perenização do conhecimento dentro das organizações. “É muito comum você ter profissionais de relgov que saem da empresa e levam consigo os relacionamentos, o conhecimento do que foi tratado. A digitalização permite que você perenize essa riqueza dentro de cada organização”, explicou.
Casas abordou as boas práticas globais em advocacy digital, citando exemplos de democracia participativa em Bogotá e Barcelona, onde a IA permite processar milhares de propostas de cidadãos para influenciar políticas públicas. Ela alertou que o principal risco é não usar Inteligência Artificial. Frederico Oliveira detalhou os desafios para implementar uma cultura de dados, destacando três pilares essenciais: criação de processos claros para coleta e análise, treinamento de pessoas para executar esses processos, e uso de ferramentas adequadas para cada tarefa, reforçando que não há mágica. “É um processo igual ao de uma fábrica”.
As mudanças no perfil dos profissionais de relgov foram levantadas por Rafael Caldas. As competências vão além do bom trânsito e da comunicação – a fluência digital é uma habilidade essencial, que envolve entender o contexto tecnológico, saber escolher as ferramentas certas e não cair no hype da inteligência artificial. Rafael aconselhou os profissionais a definirem seu apetite a risco em relação à quantidade de informação que desejam monitorar. A velocidade das mudanças tecnológicas exige aprendizado constante e habilidade de criar prompts eficazes para obter resultados precisos e úteis.
A segunda reunião do Grupo de Trabalho (GT) Transformação Digital, mediada por Lara Gurgel, diretora–executiva do instituto, aprofundou o debate sobre a digitalização dos serviços públicos no Brasil. O encontro contou com a participação de dois convidados com experiência na administração pública: Luís Felipe Monteiro, ex-secretário de Governo Digital e um dos criadores da plataforma Gov.br, e Tiago Barbosa, gerente do Portal Único de Comércio Exterior (Siscomex). A discussão foi focada nos fatores de sucesso, desafios e lições aprendidas com a implementação desses dois grandes projetos de transformação digital do Governo Federal, oferecendo uma visão interna sobre a tarefa de modernizar o Estado.
Luís Felipe Monteiro detalhou a jornada de criação e consolidação do Gov.br, projeto inicialmente avaliado como impossível de se concretizar. Segundo ele, um dos primeiros grandes desafios foi unificar mais de 1,5 mil sites governamentais em um único portal, desfazendo a ideia de que cada gestor público precisava de um site próprio. O fator decisivo foi a criação de uma janela de prioridade, onde o digital se tornou um programa de Estado, com alocação de recursos e pessoas. “Algo só é prioritário se você alocar pessoas e dinheiro”, afirmou. “Focamos na entrega constante de valor ao cidadão, com o mantra a estratégia é a entrega, o que gerou um ciclo virtuoso de engajamento e atraiu talentos para o projeto”.
Já o gerente do Siscomex, Tiago Barbosa, abordou a complexidade por trás do Portal Único de Comércio Exterior, projeto cogerido pela Secex e pela Receita Federal, que já completou 10 anos. Ele ressaltou que o principal fator de sucesso foi a criação de uma governança robusta e transversal, definida em decreto, que garantiu a continuidade do projeto como uma política de Estado, e não de governo. “Essa estrutura de governança é essencial para garantir capacidade de gestão, independente das pessoas que estão nos cargos”. Outro pilar fundamental foi a intensa colaboração com o setor privado, que foi tratado como cliente e participou ativamente, desde o mapeamento dos processos até a definição das novas funcionalidades, garantindo que a plataforma atendesse às necessidades reais dos usuários.
Um dos pontos debatidos foi a natureza da transformação digital no setor público. Monteiro apresentou uma visão pragmática, criticando a ideia utópica de que a digitalização mudaria completamente a cultura do governo. Para ele, o foco inicial deveria ser fazer o básico bem-feito. Para ele, eliminar a necessidade do cidadão se deslocar fisicamente, mesmo que o processo online ainda seja burocrático, já representa um ganho imenso. “Se a gente for só digitalizar a burocracia e entregá-la na mão do cidadão, não teremos vergonha de fazê-lo“, disse, enfatizando que a estratégia do Gov.br foi de abrangência, buscando digitalizar um grande volume de serviços rapidamente, em vez de buscar a perfeição em poucos. Barbosa explicou que o Portal Único não se limitou a automatizar a burocracia, mas a repensar processos. Foi utilizada a plataforma “Participa + Brasil” para realizar uma consulta pública que recebeu 17 mil contribuições, algo que seria impossível de gerenciar no modelo tradicional.
Os dois participantes concordaram que o reuso de plataformas compartilhadas (como o próprio Gov.br, o login único e a assinatura digital) foi crucial para acelerar a entrega de novos serviços e criar uma cultura de colaboração e eficiência entre os órgãos, transformando a maneira como o próprio governo opera. Para Barbosa, o próximo passo para o Portal Único é a interoperabilidade de dados entre diferentes países, visando facilitar o comércio em nível global. Já Luís Felipe Monteiro alertou para os riscos de cibersegurança e fraudes, que devem ser prioridade e defendeu o conceito de governo como plataforma, onde o Estado oferece dados estruturados (Infraestrutura Pública Digital) para que o setor privado possa inovar e criar serviços na “última milha”, gerando valor para toda a sociedade, de pessoas físicas a empresas, o que reforça a importância da parceria público-privada para sustentar o ciclo virtuoso da transformação digital.
Como a sociedade pode se manifestar em ambientes digitais? Esse foi o tema da terceira reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Transformação Digital das Relações Governamentais do IRELGOV, que também abordou estratégias de advocacy. O encontro contou com a presença de dois especialistas em campanhas: Laura Moraes, com experiência em advocacy e mobilização digital com foco no terceiro setor e campanhas eleitorais, e Henrique de Abreu Souza, publicitário com mais de 20 anos de atuação em comunicação e relações governamentais. O debate explorou como ferramentas digitais, redes sociais e inteligência de dados são utilizados para construir agendas, engajar públicos diversos e incidir sobre processos decisórios em um cenário político cada vez mais complexo e polarizado.
Laura Moraes destacou os pilares de uma estratégia de advocacy digital eficaz. Para ela, digital e presencial devem operar de forma integrada, onde um apoia o outro. “O digital é o lugar que dá gravidade para aquilo que a gente faz, que dá peso para quem somos, para nossa pauta”, afirmou. Ela explicou que, especialmente para o terceiro setor, que muitas vezes carece de poder financeiro, a mobilização online confere o poder popular necessário para que um representante possa entrar em uma sala de negociação e ser ouvido. Ela enfatizou a importância de uma profunda compreensão dos públicos-alvo, tanto os decisores políticos quanto a base de apoio na internet. “Isso implica em um esforço genuíno de adaptar linguagem, estética e método para criar uma conexão autêntica, como fizemos com o público evangélico nas campanhas de Lula e Boulos, nas quais foi preciso criar um ecossistema de comunicação paralelo que fizesse sentido para aquele público específico”.
A partir de sua experiência na interface entre comunicação estratégica e políticas públicas, atendendo clientes como Febraban e CNI, Souza defendeu que o bom advocacy parte da prevenção, ressaltando a dificuldade e o custo político de tentar reverter cenários quando um Projeto de Lei já está em estágio avançado. Para ele, os elementos-chave de uma campanha eficaz incluem ter objetivos bem delimitados, conhecimento profundo do contexto político, mapeamento de stakeholders e escuta ativa. Com o uso do método “SMART” (Study, Monitoring, Act, Review, Target), ele reforçou a necessidade de revisar estratégias constantemente com base em novos dados e no desenrolar do cenário. “A gente tem que entrar na conversa”, disse, exemplificando com a campanha de Geraldo Alckmin, onde a equipe utilizou o humor e a agilidade para desconstruir estereótipos e se conectar com diferentes públicos de forma inovadora.
O debate também abordou a complexa questão da autenticidade versus a busca por viralização e números. Questionada sobre o limite entre os dois, Laura Moraes argumentou que a autenticidade é crucial, pois o público percebe imediatamente quando há uma tentativa de manipulação ou quando um personagem é forçado. Ela explicou que forçar uma dancinha pode soar falso e gerar o efeito contrário e que a melhor abordagem é encontrar formas de comunicação que sejam genuínas para a pessoa ou causa. Henrique concordou, afirmando que autenticidade é compreendida a partir de uma análise qualitativa da persona. Ele citou o exemplo de Geraldo Alckmin capinando seu lote como um conteúdo orgânico e verdadeiro, que funciona muito melhor que superproduções porque reforça uma imagem de simplicidade e conexão com a vida real.
Outro ponto central foi a estratégia para dialogar com públicos diversos em um ambiente polarizado. O publicitário Henrique Souza destacou a importância de focar em um ponto de convergência para construir consensos e evitar acirrar divisões, o que não significa abandonar uma posição, mas sim encontrar um terreno comum para iniciar o diálogo. Ele detalhou seu processo de diagnóstico e segmentação de público, utilizando dados e a técnica de rapport para criar identificação. Um exemplo prático foi a campanha da Abralatas, onde a narrativa foi ajustada de “tributo verde”, que tem uma conotação negativa de aumento de impostos, para “economia verde”, um enquadramento positivo e propositivo. Já Laura Moraes compartilhou táticas para criar conexões pessoais com políticos, como levar um pão de queijo ou inventar histórias para quebrar o gelo, humanizando a interação pois, no fim, “eles são humanos”.
No fim foi ressaltada a necessidade de os profissionais da área serem mais racionais, utilizando dados e criatividade para guiar suas ações. A solução é presença constante, escuta ativa e criação de um senso de pertencimento que vá além do período eleitoral. As ferramentas digitais são um meio, não um fim, e o sucesso reside na capacidade estratégica de entender o timing, escolher os canais certos e, acima de tudo, ser humano na comunicação, lembrando que a tecnologia potencializa a estratégia, mas não a substitui. Tanto a mobilização popular quanto o advocacy são sobre relações humanas. Criar um senso de pertencimento, ouvir genuinamente e estabelecer conexões pessoais são as táticas mais poderosas.
A quarta reunião do GT focou na análise de dados para avaliação de políticas públicas e impacto regulatório e contou com a participação de duas especialistas na área regulatória: Michele Fornazin, pesquisadora com vasta experiência em boas práticas regulatórias, e Marina Egídio, advogada com atuação em comércio internacional e coordenadora de uma coalizão interamericana para convergência regulatória. A discussão abordou os avanços, entraves e o papel dos profissionais de relgov na consolidação de uma cultura decisória baseada em evidências no Brasil.
Egídio iniciou o debate compartilhando a experiência de sua coalizão, que reúne 18 associações de dispositivos médicos e atua na produção de dados e promoção na harmonização de normas, levando aos reguladores locais as melhores práticas e padrões internacionais. “É muito difícil que um problema regulatório não tenha sido avaliado por outro regulador em algum outro lugar”, afirmou, destacando o papel da coalizão como uma ponte que supre a dificuldade dos órgãos públicos de acompanhar tudo o que acontece globalmente. Para ela, um dos maiores avanços no Brasil foi a consolidação do arcabouço legal sobre boas práticas, como o decreto que tornou a Análise de Impacto Regulatório (AIR) obrigatória. No entanto, ela apontou como principais entraves a resistência institucional à mudança, muitas vezes enraizada em uma cultura avessa à transparência e ao escrutínio, e o desafio técnico de padronizar a coleta e a interoperabilidade de dados entre as diversas agências, o que fragmenta a visão sobre os problemas e impede análises mais completas.
De acordo com Fornazin, boas práticas regulatórias e uso de dados são conceitos intrinsecamente ligados, pois o objetivo consiste em sempre tomar decisões que atinjam os objetivos propostos ao menor custo social possível. Ela classificou os desafios em três categorias – o primeiro é técnico-operacional, pois dados exigem um trabalho custoso de coleta, produção e organização. O segundo desafio é a falta de apoio da alta liderança, que muitas vezes vê o processo de análise como um atraso e não como um benefício. “Não importa o quão boa seja uma análise, políticos e decisores continuam insistindo em ignorar lógicas econômicas básicas”, citou, ressaltando que decisões são frequentemente tomadas com base em soluções pré-concebidas e não em uma análise objetiva do problema. O terceiro é a interferência de outros poderes, como o Legislativo e o Judiciário, que frequentemente impõem soluções sem a devida análise técnica, comprometendo a coerência e a eficácia do ambiente regulatório.
Um ponto central do debate foi como transformar a Análise de Impacto Regulatório (AIR) de uma mera formalidade em uma ferramenta efetiva de gestão. Marina Egídio argumentou que, antes de se pensar em cálculos econométricos complexos, é preciso focar no básico: definir corretamente o problema. Ela defendeu que o processo deve começar com uma boa agenda regulatória, tomada de subsídios e consultas públicas transparentes. O papel do profissional de relações governamentais, nesse contexto, é ajudar o regulador a entender o impacto real de uma norma, fornecendo dados setoriais e mostrando como a cadeia produtiva funciona na prática, atuando como um tradutor institucional entre o conhecimento técnico do setor e a necessidade de informação do poder público.
A AIR, de acordo com Michele Fornazin, pode ser comparada a um projeto acadêmico, um esforço investigativo para fundamentar uma decisão. Ela ressaltou o papel da academia e da sociedade civil em jogar luz sobre o problema, citando um estudo do “Mulheres na Regulação” que analisou centenas de relatórios de AIR e constatou que apenas 8% continham alguma tentativa de mensuração de impacto. Isso evidencia, segundo ela, a importância de atores externos produzirem dados e cobrarem maior rigor técnico dos reguladores, preenchendo uma lacuna que o próprio Estado não consegue suprir. A falta de análise de impacto no Legislativo também foi criticada – a própria regulamentação do lobby é um exemplo de lei que avançou sem um estudo aprofundado de suas consequências práticas, gerando incerteza para todos os envolvidos.
A reunião abordou a importância de garantir diversidade e inclusão nos processos regulatórios. A pesquisadora explicou que isso pode ser feito em várias etapas, como na identificação das partes afetadas, onde é crucial coletar dados segregados para entender se certos grupos, como mulheres, são desproporcionalmente impactados. Se um grupo mais afetado não participa ativamente das consultas públicas, cabe ao regulador pensar em estratégias diferenciadas para chegar nesse grupo, garantindo que a decisão final seja informada por uma gama mais ampla de perspectivas. Além disso, ela defendeu a necessidade de maior diversidade nas próprias instâncias decisórias, como nos colegiados das agências, pois mulheres e homens decidem de forma diferente e a pluralidade de visões leva a decisões mais robustas e justas, que refletem melhor a complexidade da sociedade.
Expediente #02 – Outubro – 2025
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