O GT de Estratégia nas Relações com Executivo, Legislativo e Agências Reguladoras teve como objetivo debater e ilustrar as boas práticas da atualidade na gestão com esses três stakeholders fundamentais para a prática das relações governamentais. Liderado por José Luiz Pimenta Junior, Diretor de Relações Governamentais da BMJ o GT ainda contou com o apoio de Alan Camargo, além de diversos profissionais da área que trouxeram excelentes insights e perspectivas na relação com esses atores públicos.
Na primeira reunião, Sarah Caixeta, Gerente de Relações Governamentais da Whirlpool, expôs diversas peculiaridades e ritos que devem ser levados em conta para uma relação estratégica com poder executivo. Ela alerta, todavia, que antes de iniciar qualquer tipo de engajamento com stakeholders públicos, é necessário identificar o que é crítico para o negócio, depois mapear o processo decisório e, só então, iniciar as articulações. Para a convidada, a atuação junto ao Poder Executivo deve considerar algumas questões, dentre elas: (i) as peculiaridade de cada governo; (ii) a importância da participação em audiências públicas; (iiI) o papel das associações setoriais; (iv) a importância das comunicações; e, por fim, (v) a necessidade de, sempre que possível, auxiliar a esfera executiva com informações relevantes sobre o setor. Ainda no primeiro encontro do GT, Luis Guaraná, Gerente de Relações Institucionais e Governamentais (RIG) da Syngenta, destacou que, na atuação junto ao Poder Legislativo, é fundamental que o interlocutor sempre esteja disposto a apresentar o setor em que ele atua, com dados, dinâmicas produtivas, impacto na sociedade, entre outros. Por fim, Guaraná destaca que um diferencial para o profissional de RIG é conhecer detalhadamente os regimentos internos das casas reguladoras.
O segundo encontro contou com a participação de Fabrizio Panzini, Diretor de Políticas Públicas e Relações Governamentais da Amcham Brasil. Pelo seu amplo histórico de trabalho na arena internacional, Panzini destacou que o profissional de Relações Governamentais atualmente deve estar atento aos impactos que os acontecimentos internacionais geram à política doméstica e, especialmente, às políticas regulatórias e econômicas. Para o convidado, o profissional de RELGOV deve compreender profundamente os problemas que afetam o setor representado. Além disso, é crucial ter boa articulação para responder de maneira rápida e precisa às questões emergentes.
O terceiro encontro do GT teve como convidada Giuliana Franco, Gerente de Relações Governamentais da Natura. Giuliana discutiu a evolução tecnológica nas relações governamentais e a velocidade dos fluxos de comunicação e informação. Isso fez com que o profissional pudesse ter uma leitura integradas das agendas, bem como o potencial impacto de cada tema sobre o setor no qual ele exerce sua função. Além disso, Giuliana comentou sobre a crescente relevância do legislativo no âmbito de pautas políticas e econômicas em nível federal, destacando a importância de se entender meticulosamente o funcionamento das instituições e das regras, com o intuito de ter uma atuação cada vez mais eficaz.
Por fim, a quarta e última reunião do GT contou com a participação de Lhais Sparvoli, Diretora de relações internacionais · ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes). Com uma ampla experiência tanto em nível nacional quanto internacional, Lhais comentou que é fundamental que o profissional de relações governamentais combine uma estratégia de comunicação eficaz, ampliando qualitativamente sua rede, com conhecimento técnico apurado sobre a pauta que ele está representando. Lhais complementou dizendo que internacionalmente a profissão tem suas nuances, mas que entender o problema, estar sempre aberto a dialogar, construir alianças e atuar com precisão são pontos valorizados para a área de RIG em qualquer lugar que se atue.
José Luiz Pimenta Junior e Alan Camargo